Corpo foi removido por uma equipe do CPC/RC |
O corpo de um homem
ainda não identificado permanecia no calçadão da orla até por volta das dezoito
e trinta desta quinta-feira, quando a reportagem chegou ao local. Segundo
testemunhas, a vítima estava em um grupo de três indivíduos quando iniciou uma
confusão e houve tentativa de agressão contra um deles, identificado como
Francisco Alexandre dos Santos, de 59 anos de idade. Foram várias investidas
Francisco Alexandre com pedaços de pau, como mostram as imagens de uma câmera
de vigilância das proximidades. O homem tentava de todas as formas se livrar da
agressão. Em dado momento, o homem foi atingido com uma paulada na cabeça.
Testemunhas também confirmaram que o homem agredido teve que reagir para não
ser morto. Ele sacou de uma faca e desferiu apenas um golpe no peito de um dos
agressores. O homem esfaqueado não resistiu e morreu no local. Policiais
militares foram acionados para o ponto da ocorrência para isolarem a área,
enquanto um outro grupo, sob o comando do sargento PM Renato Coelho, saía em
perseguição ao acusado, que foi alcançado dois quarteirões adiante, em frente ao terminal hidroviário, quando
tentava escapar da prisão.
Faca utilizada no crime |
Francisco Alexandre
dos Santos foi preso e encaminhado para apresentação na 19ª Seccional de
Polícia. A arma utilizada no crime também foi apreendida e apresentada. Na delegacia,
o acusado admitiu a culpa e disse que teve que matar para não ser morto.
Em alguns momentos da
entrevista, Alexandre aparenta estar sob efeito de bebida alcoólica, e admite
que bebeu. Também percebemos que ele começa a chorar, e perguntamos que é por
arrependimento. A resposta é impactante. “Eu tô arrependido, arrependido por
não ter matado os dois. Eu sei que eu não devia ter feito isso, mas não me
arrependo”, resume o acusado.
O corpo ficou na orla até ser removido, no início da noite, por uma equipe do Centro de Perícias do Instituto Renato Chaves. Francisco Alexandre
foi autuado em fragrante pelo crime de homicídio em inquérito presidido pelo
delegado Renan. O procedimento será encaminhado para a Justiça, que vai decidir
se o acusado desce para a cadeia pública. Segundo a Polícia Civil, o fato de o
acusado alegar legítima defesa e ter testemunha dessa versão, pode atenuar a
culpa.
Mauro Torres
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