sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Itaituba: PRF volta a atuar na BR-230 (Transamazônica) mas ainda sem previsão de retorno definitivo



EM OPERAÇÃO REALIZADA PELA PRF NO TRECHO URBANO DA TRANSAMAZÔNICA, OS POLICIAIS DEPARAM COM UM ACIDENTE. A OPERAÇÃO ESTÁ ACONTECENDO POR SOLICITAÇÃO FEITA PELA CÂMARA MUNICIPAL >>> Quando se fala em acidente, pressupõe-se que não há um culpado, o que não é, na maioria das vezes, o que acontece em Itaituba. Acidentes podem acontecer por acaso. Em muitos casos, não é bem assim. Foi o que aconteceu na tarde desta quinta-feira no trecho urbano da rodovia Transamazônica, com a colisão que envolveu uma moto e uma caçamba. A moto, conduzida por Nélio Lemos Soares, de 40 anos, trafegava pela rodovia em sentido aeroporto-centro, quando o piloto deparou com a caçamba que saía do bairro São Francisco e avançou pela rodovia. A caçamba era conduzida por Pedro Guedes Oliveira, de 58 anos. Policiais rodoviários federais compareceram ao local para tomar providências sobre o caso, oportunamente quando estão realizando operações rotineiras em Itaituba, por determinação do alto comando da PRF.
O trecho urbano da rodovia Transamazônica é considerada a via de maior risco de acidentes em Itaituba. O número de ocorrências alcança a expressiva média de oito a dez por semana, com números variáveis de acidentes com vítimas fatais. A situação começou a fugir do controle das autoridades a partir de 2012, com a desativação do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que já funcionava precariamente em instalações improvisadas na margem da rodovia, em frente à 15ª Rua. Os índices de acidentes graves foram aumentando gradativamente, já que não havia mais fiscalização. Em poucas vezes, a presença de viaturas do Detran, Comtri ou Polícia Militar, inibiam as irregularidades, mas de forma bastante sensível. O trecho é de uma rodovia federal e não é competência do Estado nem do município, mesmo que, por diversas vezes, requerimentos e mais requerimentos apresentados na Câmara Municipal, solicitavam que essa responsabilidade fosse repassada para o município ou para o Estado, mas sem resposta. O número de mortes no trecho só aumentou nos últimos anos, por conta das incontáveis irregularidades observadas na rodovia. São menores ao volante, condutores não habilitados, veículos irregulares e com licenciamento vencido; alta velocidade, consumo excessivo de bebida alcoólica. Já na quarta-feira passada, aconteceu o que aparenta ser uma boa notícia para Itaituba. Um grupo de quatro policiais rodoviários federais se posicionou em uma barreira montada no Km 04 da rodovia Transamazônica e passou a abordar carros e motos que passavam, em uma operação que aconteceu de surpresa. Segundo o chefe do grupo, essa ação teria sido por decisão da Superintendência da PRF no Pará, em atendimento a uma solicitação feita pela Câmara Municipal de Itaituba, segundo informou o policial rodoviário Edioberto Sá, da 5ª DPRF, de Santarém.
E o próprio policial afirmou que a situação é crítica, e que a Polícia Rodoviária Federal pretende realizar operações semelhantes sempre que possível para o órgão. Se, pelo menos, tivéssemos a informação de que operações assim aconteceriam sempre que houvesse necessidade, a boa notícia estaria completa, até porque necessidade existe a todo instante.
Mauro Torres 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Rebocador da empresa Bertolini é içado no rio Amazonas


Imagem: Sistema Tapajós de Comunicação
O resgate iniciou na manhã desta terça-feira (05) >>> Desde o dia 02 de agosto, quando aconteceu o acidente que vitimou nove tripulantes de um empurrador da empresa Bertolini, às proximidades da cidade de Óbidos, no rio Amazonas, os familiares das vítimas mantêm grande expectativa pelo resgate da embarcação. Era de madrugada quando o empurrador foi atingido por um navio cargueiro, que navegava em direção a Manaus. Por mais de três meses, a empresa Bertolini se mobilizou na tentativa de retirar o empurrador do fundo do rio, e, só na manhã desta terça-feira, cinco de dezembro, a embarcação foi içada por um guindaste de uma empresa holandesa. Segundo as primeiras informações repassadas por familiares das vítimas, os primeiros corpos já foram localizados. Nesse meio tempo, peritos do IML Renato Chaves vasculham os camarotes para localizar o restante das vítimas. O empurrador foi envolvido por uma tela, com o objetivo de evitar a perda de algum corpo ou objetos que possam auxiliar nas investigações. As primeiras imagens do empurrador circularam os sites de notícias e as redes sociais, e a expectativa cresce. A embarcação foi trazida para a margem do rio, onde será colocada em cima de uma balsa. A partir deste ponto, deverá acontecer o trabalho de perícia.
Mauro Torres
Cinco corpos já foram localizados
Cinco corpos já foram localizados dentro do empurrador CXX, da empresa de transportes Bertolini, içado na manhã desta terça-feira (5), do fundo do Rio Amazonas, em Óbidos, oeste do Pará. A informação foi confirmada pelo diretor do Grupamento Fluvial, delegado Dilermando Dantas, à equipe da TV Tapajós que está no local. No início da tarde, apenas três corpos haviam sido visualizados.
Segundo Dantas, os corpos estavam em ambientes diferentes da embaração. "Estamos acompanhando de perto o trabalho da perícia do IML e até o momento já encontramos cinco corpos. Ainda não entramos nos camarotes da parte de baixo. Foram encontrados três corpos na parte de cima e dois embaixo, que não estavam nos camarotes. Os corpos estavam um na cabine do comandante, um na cabine do chefe de máquinas, um na sala de recreação, na parte da oficina, e um foi encontrado entre a cozinha e os camarotes", relatou.
Dois dos cinco corpos localizados no empurrador já foram removidos. Os trabalhos não têm hora para encerrar. “Nós pretendemos dar continuidade aos trabalhos até localizar os outros quatro corpos, essa é a nossa meta", ressaltou Dantas.
O diretor do Grupamento Fluvial informou que os entulhos que dificultavam a remoção dos corpos já foram retirados e que deve levar cerca de meia hora a retirada de cada um na parte onde o acesso era mais difícil. Segundo Dantas, os corpos já encontrados e removidos serão encaminhados para Santarém, para exame e coleta de material no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
(Com informações da repórter Débora Rodrigues/TV Tapajós e Portal Pará News)

sábado, 25 de novembro de 2017

Itaituba: Aeronave com quatro ocupantes cai em área de assentamento

A aeronave ficou parcialmente destruída. Dos quatro ocupantes, três saíram ilesos. Somente o piloto teve ferimentos leves. Os ocupantes da aeronave foram socorridos pelos moradores das proximidades e conduzidos ao município de Trairão, distante cerca de 28 quilômetros do local do acidente.

Por volta das 16h30 da última quinta-feira (23), o avião monomotor Cessna prefixo PT-JMQ caiu a quatrocentos metros da comunidade de Baixão Bonito, na  chamada Vicinal da 15, área de assentamento Ipiranga, cerca se 20 km da margem da estrada Transpimental, zona rural entre os municípios de Itaituba e Trairão. Moradores informaram que a aeronave aparentou problemas no motor antes de fazer uma manobra por cima de uma serra e se precipitar na margem da vicinal. O objetivo do piloto seria fazer um pouso de emergência, mas não conseguiu.
O delegado João Milhomem enviou os investigadores Anderson e Valéria ao local para iniciar um processo de investigação. Curiosamente, no dia seguinte, os moradores observaram que o prefixo do avião foi coberto por uma tinta de cor cinza. Esse fato, em particular, chamou a atenção dos policiais. Segundo o delegado, se não for feito nenhum registro na Seccional de Polícia, a autoridade policial responsável pelo caso, o delegado Rafael Oliveira, deverá determinar que seja instaurado um inquérito por portaria. Após esse procedimento, as autoridades aeroviárias serão acionadas, a começar pelo Serviço Regional de Invstigação e Prevenção a Acidentes Aéreos (SERIPA).
Mauro Torres

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Itaituba: Acidentes de trânsito continuam matando e mutilando


Macicley teve morte instantânea (Foto: Plantão 24 Hs)
Pelo menos cinco pessoas foram encaminhadas para atendimento médico no Hospital Municipal de Itaituba (HMI), todas vítimas do trânsito cada vez mais descontrolado e violento. Entre as manhãs de domingo e segunda-feira (06), foram registrados quatro acidentes, envolvendo caminhão, caminhonete, carro de passeio e, principalmente, motos. O primeiro foi registrado à altura do Km 03 do trecho urbano da rodovia Transamazônica. Segundo testemunhas, um automóvel conduzido por um homem suspeito de estar sob efeito de álcool, colidiu com uma moto em que estavam Samuel Ribeiro Rodrigues, 33, e Gabriel Alcântara, 12. Samuel sofreu corte na pálpebra e a criança teve fratura em um dos braços. Às 13h35, ainda do domingo, uma colisão entre duas motos deixou vítima o Orlandir Vieira, de 34 anos, que teve fratura na pélvis. O acidente aconteceu na 34ª Rua, próximo à travessa São José.
A ocorrência mais grave aconteceu por volta das 23h30 de domingo, deixando uma vítima fatal. A equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada por uma guarnição da PM, que já estava no local, na estrada do Bis, em frente à base de abastecimento da Shell. As circunstancias do acidente foram relatadas por testemunhas. Segundo elas, uma moto com dois ocupantes trafegava em direção ao centro da cidade quando, na curva, o condutor perdeu o controle e acabou projetando o veículo contra um caminhão-tanque que estava estacionando. O choque foi tão violento que um dos pneus do caminhão estourou. Macicley dos Santos, que conduzia a moto, sofreu um corte profundo no pescoço. Ele não resistiu e morreu no local. O passageiro, identificado como Gidenilson Alves, foi atendido pelos socorristas bombeiros e encaminhado para o Hospital Municipal em estado grave. O corpo de Macicley foi removido por uma equipe do Centro de Perícias do Instituto Renato Chaves (CPC/RC).
Já na manhã desta segunda-feira, outro acidente foi registrado, desta vez na 3ª Rua do loteamento Buriti. Testemunhas informaram que a caminhonete teria avançado a preferencial, apanhando uma moto no cruzamento. A reportagem chegou ao local e conversou com o condutor da caminhonete. Ele disse que vinha pela 3ª Rua em marcha moderada quando foi surpreendido pela moto, que adentrou o cruzamento. “Como não há nenhum tipo de sinalização, fica difícil saber qual é a via preferencial. Por isso eu só passo nesses cruzamentos em velocidade baixa”, disse o condutor.
Devido à violência do choque, as duas ocupantes da moto foram projetadas a metros de distância. A passageira teve um corte profundo em uma das pernas. As vítimas foram atendidas no local por uma equipe do Corpo de Bombeiros e conduzidas para o Hospital Municipal.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Clima tenso em Jacareacanga: Índios Mundurukú invadem Câmara Municipal e ameaçam vereadores


Mulheres Mundurukú protagonizam momentos de tensão na CMJ

INDÍGENAS DA ETNIA MUNDURUKÚ DENUNCIARAM INEFICIÊNCIA DE VEREADORES E AMEAÇARAM ATEAR FOGO À CÂMARA >>> Mais de 100 Indígenas Mundurukus estão, nesse momento, na Câmara Municipal de Jacareacanga, reivindicando dos vereadores, Sivinho do Paco Paco, Ivania Tosin e Edileuza Viana, seriedades em seus trabalhos em prol da população. Durante a sessão, teve um momento de tensão, onde as guerreiras foram em direção dos vereadores, Ivania Tosin e Silvinho do Paco Paco. Silvinho foi o mais cobrado pelos indígenas. Essa tensão começou quando o vereador Silvinho do Paco Paco, acusou algumas pessoas de serem corruptos, isso revoltou algumas pessoas, inclusive os indigenas.
As lideranças, alegam que "os vereadores Silvinho do Paco Paco, Ivania Tosin e Edileuza Viana, não trabalham, e sim, vivem na porta do Ministério Público, fazendo denúncias falsas contra o prefeito Raimundo Batista Santiago, e agora contra o presidente da Câmara de Jacareacanga, Acélio Aguiar". Segundo eles, todas as denúncias seriam infundadas e estariam atrapalhando os trabalhos no município.
Umas das lideranças, disse que, dessa vez, vieram apenas avisar, mas da próxima vez que saíram das aldeias e virem a cidade, vão tocar fogo na Câmara de Jacareacanga, já que a Câmara não serve para trabalhar pelo povo.
Os senhores Domingos e Anacleto Madeira, também foram citados por algumas lideranças indígenas, que nunca contribuíram com o desenvolvimento do município. Uma das lideranças, ao citar o nome dos dois senhores, disse que não conhecem eles, e queria que eles estivessem na sessão, para ouvir que os Mundurukus, tem a dizer.
A vereadora Edileuza Viana, está ausente da sessão de hoje, e os indígenas, solicitam a sua presença, até o final da sessão. Já falaram mais de 10 lideranças, e ainda estão com a palavras, as lideranças Mundurukus.
Anderson Pantoja (Portal Buré)

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Tapajós: Operação do Ibama destrói equipamentos usados em garimpos ilegais em terras indígenas no Pará


"Órgão ambiental aplica rigor em excesso", dizem garimpeiros

Foram destruídos cerca de R$ 9 milhões em equipamentos. Segundo a Funai, “ganância pelo ouro coloca em risco a terra indígena, contamina rios com mercúrio e desmata a floresta” >>> Agentes do Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama realizaram operação de combate a garimpos de ouro na Terra Indígena (TI) Kayapó, no Pará. Em três dias, com apoio de três aeronaves, foram destruídas 12 balsas de mergulho, 1 balsa escariante, 12 escavadeiras hidráulicas, 4 motobombas e 1 caminhão carregado de toras. Os agentes ambientais também apreenderam em acampamentos de garimpeiros uma arma, uma mira de precisão para espingarda e aproximadamente 700g de mercúrio. Foram destruídos cerca de R$ 9 milhões em equipamentos. O balanço foi divulgado nesta terça-feira (24). Após a operação, garimpeiros e empresários interditaram a PA-279.
A extração mineral é proibida em Terras Indígenas. Entre os infratores flagrados na TI Kayapó estava o presidente da Cooperativa de Garimpeiros de Ourilândia do Norte, João Costa Guerra. Responsável por uma escavadeira usada para abrir nova frente de garimpo em área isolada, ele será autuado pelo Ibama, que encaminhará o relatório de fiscalização e os documentos apreendidos ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF) para responsabilização criminal.
“A ganância pelo ouro coloca em risco a terra indígena, reduto de biodiversidade e da cultura do povo Kayapó. O garimpo destrói o curso d’água, contamina rios com mercúrio, desmata a floresta, degrada o solo e provoca a caça de animais silvestres”, diz o biólogo Roberto Cabral, representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), que coordenou a operação do GEF.
Outras ações de fiscalização serão realizadas se o monitoramento por satélites identificar retomada de atividades ilegais na região.
A inutilização de equipamentos ocorre em caráter excepcional, quando há constatação de ilícitos especialmente em áreas protegidas como Terras Indígenas e Unidades de Conservação, em razão da impossibilidade logística para sua remoção e com o objetivo de impedir a continuidade do dano ambiental.
O mercúrio usado em garimpos de ouro para separar o mineral contamina cursos d’água, animais e pessoas. Garimpos ilegais representam uma ameaça à saúde pública, principalmente em regiões como a amazônica, que têm a pesca como base de proteína alimentar.
Com 3,28 milhões de hectares, a TI Kayapó abrange os municípios paraenses de Cumaru do Norte, Bannach, Ourilândia do Norte e São Felix do Xingu.
Em encontro com representantes do Ibama e da Funai, o cacique da aldeia Pukararankre, Garapera Kayapó, condenou o garimpo em outras áreas da TI. “Nós, que moramos no Rio Xingu, mantemos a floresta e o rio preservados. Não queremos que entre garimpeiro, temos que garantir o nosso futuro.”
Manifestantes alegam prejuízos e interditam rodovia
Interdição - Após a operação, manifestantes interditam nesta terça-feira (24) trecho da rodovia PA-279, próximo ao município de Ourilândia do Norte, no sul do Pará. O grupo é formado por garimpeiros e comerciantes que atuam na região formada pelos municípios de Ourilândia, Tucumã e São Félix do Xingu.
De acordo com o secretário da Cooperativa dos Garimpeiros de Ourilândia, Bluno Jefferson Alves, a manifestação interditará a PA-279 até às 18h desta terça-feira, mas prometem retornar a interdição caso o IBAMA e a Polícia Federal continuem agindo contra os garimpeiros da região.
“Nosso movimento é pacífico, diferente da forma truculenta que somos tratados pelo IBAMA. Porém, caso não haja um diálogo com os órgãos competentes para discutirmos a nossa situação vamos voltar a realizar interdição da rodovia” afirmou.
A rodovia PA-279 é o único meio de ligação entre os municípios de Água Azul do Norte, Ourilândia, Tucumã e São Félix do Xingu. E é a via de escoamento da produção de muitas indústrias frigoríficas e da mineração como a da Vale, que fica em Ourilândia. A região é também uma das maiores produtoras de gado bovino do Brasil.
(Adécio Piran/Folha do Progresso)