quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Polêmica: Câmara rejeita Projeto de Lei 083/2017 de autoria do vereador Wescley Tomaz




Vereador diz que ato de rasgar pareceres foi "por ímpeto"
Tudo que aconteceu na sessão desta quarta-feira (27), da Câmara Municipal, ficou em segundo plano por conta da discussão e votação do Projeto de Lei 083/2017, de autoria do vereador Wescley Tomaz. Foi mais de uma hora de discussão acalorada, às vezes, com tom acima do recomendado, principalmente de parte do autor do projeto, que o defendeu com alguma dose de exagero e radicalismo em alguns momentos.
O local reservado para o público ficou completamente tomado, principalmente por estudantes de escolas de segundo grau, que foram convidados pelo vereador autor do projeto, que visava aprovar a cedência de espaço de escola pública municipal, a Escola Castelo Branco, para uma faculdade particular de Parauapebas, a FAMAP, de Parauapebas. Havia, também, além do diretor da FAI, Abel de Sá Almeida, professores da rede pública de ensino.
Inicialmente foi lido o parecer do relator, vereador Peninha, que apresentou suas justificativas para manifestar-se contrário ao PL. O vereador e advogado Davi Salomão preferiu ler, ele mesmo, a decisão da votação da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, apresentando o parecer substanciado por várias citações de leis ou de decisões de tribunais superiores para corroborar a decisão da comissão, contrária à aprovação da matéria.
Davi ressaltou, conforme já havia feito ontem, que faltava o princípio da impessoalidade ao projeto, que deveria dar ao Poder Executivo, autorização para celebrar contratos em regime de comodato com qualquer instituição, não, designando determinada faculdade, como está escrito nesse PL 083/2017.
Vereadores debateram acaloradamente e acabaram rejeitando PL por 10 x 3
Depois disso começou a discussão interminável do projeto, que teve alguns atos inusitados, como quando o vereador Wescley Tomaz, levantou-se muito exaltado para manifestar sua contrariedade com o andamento das discussões.
O vereador do PSC rasgou em plenário, os pareceres jurídicos que obteve da prefeitura e da Câmara, dizendo que sendo assim, já que seus argumentos munidos dos pareceres não tinham sido levados em conta, ele estava rasgando ambos, porque não valiam nada.
O vereador Peninha disse, depois, que seu colega havia se excedido em sua ação de rasgar os pareceres no plenário, o que motivou Wescley a pedir desculpas alguns instantes após o ocorrido.
O vereador Wescley Tomaz, diante da presença do diretor da FAI, professor Abel Sá, insistiu na afirmativa de que já houve precedente em Itaituba, quando no governo de Wirland Freire foi aprovada uma lei semelhante, que beneficiou a própria FAI, como disse Wescley sua entrevista coletiva, semana passada.
Dirceu Biolchi foi o único vereador, além do próprio autor, que se levantou para defender o projeto de lei, mas, sua defesa careceu de consistência, porque fez algumas comparações sem nenhum fundamento, como o de que o governo federal celebra parcerias públicos privadas, além de outras.
O vereador Diego Mota justificou seu voto contra, ressaltando que sempre teve um bom entendimento com Wescley, e que não se tratava nada de pessoal; em seguida, Daniel Martins também falou da boa intenção de seu colega, mas, que não havia como votar a favor, por conta da inconsistência do projeto.
Após muita discussão, o presidente João Bastos Rodrigues decidiu colocar o parecer do projeto em votação. Dez vereadores, Davi Salomão, Peninha, Diego Mota, Antônia Borroló, Maria Pretinha, Daniel Martins, Manoel Dentista, Raimison Abreu, José Belloni e Dadinho Caminhoneiro votaram pela rejeição do projeto. Wescley Tomaz, Dirceu Biolchi e Júnior Pires votaram a favor. O único ausente na sessão foi o vereador Nem, de Miritituba. Assim, o PL 083/2017 foi rejeitado.

Fonte: Blog do Jota Parente

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Altamira: Apresentador Lu Brasil é encontrado morto em quitinete onde morava

Apresentador estava desaparecido desde domingo
O corpo do jovem apresentador Lu Brasil, 23, estava em uma cama na quitinete onde Luciano dos Santos Batista, de 23 anos, o Lu Brasil, morava, em uma alameda ao lado da Rua Osório de Freitas no Bairro Brasília, em Altamira no sudoeste do Pará. Ele foi encontrado durante a tarde desta terça-feira (26), após colegas de trabalho se preocuparem com a ausência do apresentador por dois dias consecutivos na TV local, onde Lu Brasil apresentava programa de entretenimento.

A polícia militar teve que arrombar a porta para entrar no local. Segundo peritos do CPC Renato Chaves, várias marcas de violência foram encontradas no corpo do apresentador e pela quitinete.

"Ele estava com marcas de corte na boca, teve os pés amarrados e uma rede entrelaçada no pescoço, no banheiro tinha um espelho quebrado e marcas de sangue próximo a cama, foi um homicídio com crueldade o que vimos aqui" disse Fernando Miranda do Centro de Perícias Renato Chaves de Altamira.

Ainda segundo o perito, o corpo estava em avançado estágio de decomposição com pelo menos 48 horas em óbito, alguns profissionais usaram máscaras para entrar na residência. A polícia civil de Altamira está investigando o caso.

Lu Brasil era apresentador do programa Vale Music, da TV Vale do Xingu, afiliada do SBT, onde dividia palco com Lucas Pontes.

A Associação dos Profissionais de Imprensa de Altamira

Transamazônica e Xingu (ASPIATX) lamenta o falecimento de Luciano dos Santos Batista, de 23 anos, o Lu Brasil, apresentador de TV da Rede Vale do Xingu, afiliada do SBT em Altamira.

Lu Brasil foi encontrado morto em sua residência, nesta terça feira, dia 26. O apresentador era um comunicador descontraído e carismático. Os profissionais da comunicação esperam que as autoridades consigam elucidar o caso o mais breve possível, uma barbárie contra um profissional da imprensa e um crime que mais uma vez abala a população desta cidade.

A Aspiatx apresenta condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho nesta hora de profundo pesar. ASPIATX

Ainda durante a tarde de terça a emissora SBT emitiu uma nota de falecimento informando sobre a morte do jovem.

Leia a nota na íntegra

Nota de Falecimento

É com muito pesar que informamos sobre a morte do nosso grande amigo e companheiro de jornada, Luciano dos Santos Batista, o nosso ‘Lu Brasil’, apresentador do Programa Vale Music (SBT). A sua morte nos pegou de surpresa e o levou de nós repentinamente. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que lhe ilumine e lhe dê paz, e que Deus dê conforto à sua família para que possam enfrentar esta imensurável dor com serenidade.
Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com ele, que será sempre lembrado pelo profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência, competência e sensibilidade para lidar com as adversidades e conflitos humanos.
Devemos sempre lembrar que Deus quer ao seu lado os melhores, e com certeza o nosso amigo ‘Lu Brasil’ já está ao lado do Senhor cumprindo uma nova missão.
Deixamos os nossos mais sinceros pêsames aos familiares, amigos e fãs.
Rede Vale do Xingu Afiliada SBT

Por Felype Adms e Athaynara Farias | Xingu 230

Itaituba: Índios Mundurukú forçam pedido de renúncia de Fuzica da Divisão de Coordenação Regional da Funai


Fuzica foi rejeitado pelos indígenas e achou bem renunciar ao cargo

ÍNDIOS DA ETNIA MUNDURUKÚ FORÇAM O PEDIDO DE RENÚNCIA DO EX-PREFEITO DE AVEIRO OLINALDO BARBOSA, QUE HAVIA SIDO NOMEADO CHEFE DA DIVISÃO DE COORDENAÇÃO REGIONAL DA FUNAI >>> A situação ficou crítica a partir do momento em que os índios da etnia Mundurukú tomaram conhecimento sobre quem seria o novo administrador da Divisão de Coordenação Regional da Funai. O ex-prefeito de Aveiro, Olinaldo Barbosa, o “Fuzica”, foi nomeado no dia 21 deste mês e assumiria a administração nesta segunda-freira (25).
Guerreiros se mobilizaram contra a nomeação e pela renúncia do ex-prefeito aveirense (Foto: Reprodução Internet)
Mas a surpresa veio quando ele chegou ao escritório e foi recebido pelos índios, que forçaram Fuzica a permanecer no escritório, sem poder sair. As lideranças indígenas fizeram contato com a Presidência da Funai e exigiram que a portaria de nomeação fosse nomeada ou que Olinaldo Barbosa fosse exonerado do cargo antes mesmo de assumir. Segundo as lideranças, a intenção era manter o administrador preso até que houvesse uma resposta. Essa resposta veio no início da tarde, quando Olinaldo Barbosa decidiu renunciar ao cargo de administrador da Coordenação da Funai. Segundo os índios, o motivo que fez com que eles decidissem pelo protesto foi a péssima administração de Fuzica como gestor de Aveiro, de onde ele chegou a ser afastado por improbidade administrativa. O ex-prefeito também teria envolvimento com a exploração ilegal de diamantes de uma área indígena na região do médio Tapajós. Os índios também já têm um nome a ser indicado para assumir a coordenação do órgão, responsável por administrar os recursos financeiros e cuidar das políticas de assistência às comunidades indígenas. “Nós não sabíamos nem quem era esse ‘Olinaldo Barbosa’. Procuramos informações e descobrimos que é o ‘Fuzica’. Nós não queremos pessoas assim. Nós queremos pessoas que sejam escolhidas e indicadas em consenso pelas lideranças. Nós queremos alguém da nossa confiança, que possa desempenhar um bom papel junto à Divisão de Coordenação Regional. Quanto ao Ivanildo Saw Mundurukú, nós defendemos o nome dele para chefe de contabilidade, e sabemos da competência do Ivanildo, até por ele ser parente e conhecer a nossa realidade e nossas necessidades”, pontificou Alessandra Korap.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Itaituba: Índios Mundurukú mantêm administrador da Funai preso em escritório e exigem exoneração

"Fuzica" está impedido de sair do escritório
Os índios da etnia Mundurukú continuam mantendo preso o administrador do escritório regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Olinaldo Barbosa, o “Fuzica”, ex-prefeito de Aveiro, que foi nomeado no último dia 21 (Setembro) como novo administrador. “Fuzica” foi preso pelos indígenas na manhã desta segunda-feira (25) no momento em que chegou ao escritório para assumir o cargo. Ele permanece impedido de sair do próprio escritório. Segundo a liderança indígena Alessandra Korap, os índios vão manter o administrador preso até que o presidente da Funai, Franklimberg Ribeiro de Freitas, publique revogue a portaria de nomeação ou publique uma nova portaria exonerando Olinaldo Barbosa do cargo.
Para os indígenas, Olinaldo cometeu muitas falhas enquanto prefeito


“Nós sabemos dele como prefeito de Aveiro; não pagou funcionários e cometeu várias falhas. Nós precisamos na Funai de pessoas competentes. Além disso, a Presidência da Funai tem que ouvir as lideranças e saber qual é a nossa opinião”, resumiu Alessandra Korap. "Ele vai continuar aí (no escritório) até ser exonerado", concluiu.
Em nota postada via Whatsapp, Alessandra Korap divulgou a decisão das lideranças indígenas.


Leia a nota na íntegra: “Pessoal, no dia 21de Setembro saiu no Diário Oficial da União (DOU) a nomeação da DIT - Divisão Técnica, segundo na hierarquia da Coordenação Regional (CR). Trata-se do ex-prefeito de Aveiro que, entre outras coisas, foi afastado por improbidade administrativa e fraude em licitação. Também tem relação com o garimpo de diamantes dentro da área indígena ‘Sawre Muybu’. Vamos precisar dos guerreiros do Maró na necessária luta contra essa nomeação. O cara é do PSC. O presidente da Funai Francklimberg Ribeiro é o maior mentiroso. Ele mentiu, que no dia que ocupamos a UHS São Manoel pedimos pra colocar de volta o Ivanildo Saw. Infelizmente o mentiroso colocou quem não tem compromisso com o povo Munduruku. Agora o mentiroso vai conhecer a luta do Munduruku. Trancamos o ‘Fuzica’ dentro da Funai CR Tapajós Itaituba Pará. neste momento ele está preso.  #Sawê!”
Mauro Torres, com informações de Alessandra Korap, líder Mundurukú

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Itaituba: Comunidade garimpeira se organiza em associação para garantir benefícios sociais



Com mais de trinta anos de existência, a comunidade garimpeira de Água Branca vem se organizando gradativamente, em iniciativas comunitárias que têm por objetivo buscar benefícios para as famílias. Hoje, a comunidade já é um pequeno aglomerado rural, composto por habitantes que remanescem, em parte dos trabalhadores do garimpo. Nesta reportagem, produzida com o auxílio de imagens da servidora Maria do Socorro Torres, da área da saúde, você acompanha um dos momentos em que a comunidade se mobiliza para se organizar em associação e assegurar benefícios futuros.